O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que defende a ditadura militar, afirmou em depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal, em 11 de maio, ter sido torturado no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O depoimento foi conseguido pela coluna de Guilherme Amado.
Eustáquio, que é alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos antidemocráticos, ficou preso em duas ocasiões na Papuda por ordem do STF. Ele afirmou que foi espancado por policiais penais em 18 de dezembro, dia em que foi detido após decisão de Alexandre de Moraes.
Atualmente, Eustáquio cumpre pena em regime domiciliar.
“Fui espancado e torturado. Só terminou quando fiquei inconsciente. É uma dor descomunal, que não consigo expressar, porque as dores vão se misturando”, afirmou Eustáquio, no depoimento, obtido pela coluna de Guilherme Amado.
Eustáquio discutiu com um policial penal que o chamou de “animal” por não ter comido a marmita do jantar, ao que o detento devolveu o xingamento. O fato ocorreu poucas horas ele após ter chegado à cadeia.
“Um deles me deu uma chave de braço, e outro em outro braço, os dois torcendo minhas mãos. Um terceiro veio e me enforcou com o cassetete. Não sabia onde sentir dor. Comecei a passar mal. Quando o policial parou de me enforcar, me jogaram no rosto uma espécie de chantilly ou creme de barbear de pimenta. Perdi os sensos. Me enforcaram de novo, e depois mais spray. Foi a última lembrança antes de acordar numa solitária, sem camiseta e com marcas no corpo”, contou.
Veja abaixo:
Com informações da coluna de Guilherme Amado