Kátia Abreu destrói Ernesto Araújo na CPI: "Negacionista compulsivo, bússola que nos levou ao caos"

Senadora pediu quebra de sigilo de correspondências dos ministérios com governo federal. 'Vamos identificar qual foi o ministro que pior influenciou Bolsonaro', disse

Kátia Abreu (Reprodução/TV Senado)
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A senadora Katia Abreu (PP-TO), que representou nesta terça-feira (18) a bancada feminina na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, subiu o tom contra o depoente Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, acusando-o de ser "negacionista compulsivo" e "omisso" na pandemia do coronavírus.

A parlamentar criticou o ex-chanceler por fazer ataques à China durante a pandemia, movido, segundo ela, por "posições ideológicas". "É muito triste. Justamente a China tão atacada, Tedros Adhanon [diretor-geral da OMS] tão atacado, governo Biden tão atacado, hoje nós estamos nas mãos dessas pessoas. [...] o senhor deve desculpas ao país", disse a senadora.

"O senhor é um negacionista compulsivo, omisso, o senhor no MRE [Ministério de Relações Exteriores] foi uma bússola que nos direcionou para o caos, para um iceberg, para um naufrágio", continuou Kátia. "O senhor não só colocou o Brasil como pária, foi muito pior. Ao invés de pária, o senhor colocou o país em uma posição de irrelevância", completou.

Na sequência, Kátia pediu a quebra de sigilo de todas as correspondências relacionadas à vacina entre o Ministério de Relações Exteriores e demais pastas, como Economia, Ciência e Tecnologia, Saúde e Casa Civil. Ela também pediu a quebra de sigilo de diálogos entre os ministros e o presidente Jair Bolsonaro, assim como as correspondências entre o Itamaraty e embaixadas.

"Dessa forma vamos identificar qual foi o ministro que pior influenciou o presidente, qual foi o ministro que melhor orientou", explicou a senadora.

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Em outro trecho de sua fala, Kátia ainda afirmou que o ex-chanceler tem “memória seletiva”. “Imagino que o senhor tenha uma memória seletiva para não dizer leviana. O senhor não se lembra de nada que é importante e do que ocorreu efetivamente. E se lembra de questões mínimas, supérfluas e não verdadeiras”, provocou a senadora.

Ela disse ainda que “há um Ernesto que fala aqui [na CPI da Covid] e outro que fala na internet”.