O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) participou na tarde desta terça-feira (18) da sessão da CPI do Genocídio que colheu depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo. Na ocasião, ele usou o tempo para defender o governo do pai, Jair Bolsonaro, dizer que a declaração dada por Bolsonaro de que a Covid-19 seria um "gripezinha" não aconteceu.
"Rapidamente a gente pode dar um google para desmentir narrativas. Ele sempre disse que no caso dele, especificamente, caso pegasse o Covid, as consequências seriam similares a de um gripezinha. No caso dele, especificamente. E, graças a deus, foi. Mas a narrativa que é construída é a de que ele deu um tratamento a todos que passariam apenas uma gripezinha, como ele passou, menosprezando o sentimento de luto", disse o senador.
Na sequência, ele criticou agências de checagem de dados e afirmou que as críticas a Bolsonaro por considerar a Covid como gripezinha deveriam ser classificadas como fake news. "Não vi nenhuma dessas agências checar as falas de que o Bolsonaro trata, para a população em geral, que a Covid é uma espécie de gripezinha, quando, na verdade, ele falou do caso dele. Isso, para mim, era para ser rotulado como fake news. Quem vai dizer o que é fake news ou que não é?", afirmou.
Essa não é a primeira vez que o clã Bolsonaro tenta se distanciar da fala sobre “gripezinha” após o país ter visto a gravidade da doença. O presidente disse, em novembro e em março, que nunca tratou a doença dessa maneira.
Durante entrevista coletiva realizada em 20 de março, o presidente deu a seguinte declaração: “Depois da facada, não vai ser gripezinha que vai me derrubar, não. Tá ok? Se o médico ou o Ministério da Saúde recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário me comportarei como qualquer um de vocês aqui presente”.
Quatro dias depois, em pronunciamento em rede nacional, ele repetiu a expressão falando que não sentiria os efeitos da doença por um suposto “histórico de atleta”.
Reveja: