Ministério da Saúde só atendeu 5,7% do consumo médio mensal de sedativos para kit intubação

Por conta disso, pacientes começaram a ter que ser amarrados a camas em UTIs, médicos precisaram recorrer a drogas de terceira linha e mortes foram relatadas

Eduardo Pazuello - Foto: Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

O ministério da Saúde recebeu sete alertas sobre a escassez de sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares necessários para a intubação de pacientes com Covid-19, ainda no auge da primeira onda da pandemia, entre maio e julho de 2020, durante a gestão do então ministro Eduardo Pazuello. O ministério, no entanto respondeu com uma quantidade pequena de medicamentos: entre 3,5% e 5,7% do consumo médio mensal nos estados.

O Ministério da Saúde seguiu fornecendo quantidades cada vez menores, sem a formação de um estoque regulatório e até mesmo com o cancelamento de uma aquisição internacional no mês seguinte aos últimos alertas feitos.

No começo de 2021, com a segunda onda da pandemia, hospitais ficaram sem os medicamentos do chamado kit intubação.

Por conta disso, pacientes começaram a ter que ser amarrados a camas em UTIs numa frequência maior do que o verificado até então; médicos precisaram recorrer a drogas de terceira linha; e mortes foram relatadas.

O temor de uma terceira onda leva à preocupação com a escassez de um conjunto de 22 drogas usadas para a intubação de pacientes em estado grave de saúde, que necessitam de ventilação mecânica, já que a situação ainda não foi totalmente normalizada.

Veja mais detalhes na Folha