“O Supremo é maior do que sua composição”, afirma Gilmar Mendes

Ministro não teme indicação de Bolsonaro para substituição de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em 2021

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
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Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse não temer a escolha de Jair Bolsonaro para a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposenta da Corte este ano. Na avaliação do magistrado, é preciso “apostar em uma certa inteligência institucional”, que vai além dos governantes e suas indicações.

Em entrevista ao Brasil 247, Mendes afirmou ser difícil substituir os ministros Celso de Mello, sucedido por Kassio Nunes Marques, por indicação de Bolsonaro, e Marco Aurélio Mello, que se aposenta em 2021 e também terá seu sucessor nomeado pelo atual presidente.

“É claro que preocupa, mas torço por uma boa substituição. Muitas das intencionalidades, em termos de atos governamentais, surpreendem, às vezes para o bem, às vezes para o mal”, argumentou.

Lula

Para corroborar sua tese, o ministro mencionou o caso do julgamento do habeas corpus preventivo de Lula, em 2018, no plenário do STF, que terminou 6 a 5 contra o ex-presidente.

Ele lembra que dos votos favoráveis a Lula, a maioria foi dado por ministros que não foram indicados pelo PT. Em contrapartida, dos seis que optaram pela prisão de Lula, quatro foram indicados pelo PT.

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