O novo ministro da Justiça, Anderson Torres, adotou um discurso semelhante ao de Jair Bolsonaro e defendeu que “a força da segurança pública” se faça presente para assegurar “um ir e vir sereno”.
Trata-se de uma clara referência à posição do governo federal contra o lockdown, medida adotada por administrações municipais e estaduais como forma de combater o avanço da pandemia do coronavírus.
Durante seu discurso de posse, em cerimônia fechada à imprensa, nesta terça-feira (6), ele fez a defesa da ação da segurança pública, de acordo com reportagem de Daniel Carvalho e Ricardo Della Coletta, na Folha de S.Paulo.
“Neste momento, a força da segurança pública tem que se fazer presente, garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico. Contem com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar esta tranquilidade”, disse Torres, velho amigo de Flávio Bolsonaro.
O presidente critica medidas mais restritivas desde o início da pandemia. Recentemente, inclusive, chegou a comparar essas decisões, de forma totalmente equivocada, ao estado de sítio.
Mesma narrativa
O novo ministro repetiu a narrativa de Bolsonaro, dizendo que “precisamos trazer de volta a economia deste país, precisa colocar as pessoas para trabalhar. Tenho muito medo de crises maiores decorrentes de fome, desemprego e outros problemas neste sentido”, destacou.
“A Justiça e a segurança pública, somadas, são a espinha dorsal da paz e da tranquilidade da nação. Principalmente quando se passa por uma crise sanitária mundial como a que vivemos e que impacta diretamente a economia e a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros”, acrescentou.