O ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu dizer em reunião do Conselho de Saúde Suplementar (Consu), nesta terça-feira (27), que o filho do seu porteiro foi beneficiado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) mesmo após zerar o vestibular.
Sem saber que era gravado, Guedes reclamou que o governo federal deu bolsas em universidades para “todo mundo” por meio do Fies. De acordo com ele, até quem não tinha a “menor capacidade” e "não sabia ler nem escrever" entrou na graduação por esse caminho.
“O porteiro do meu prédio, uma vez, virou para mim e falou assim: 'Seu Paulo, eu estou muito preocupado'. O que houve? 'Meu filho passou na universidade privada'. Ué, mas está triste por quê? 'Ele tirou zero na prova. Tirou zero em todas as provas e eu recebi um negócio dizendo: parabéns, seu filho tirou...' Aí tinha um espaço para preencher, colocava 'zero'. Seu filho tirou zero. E acaba de se endereçar a nossa escola, estamos muito felizes”, disse Guedes.
A frase foi dita no mesmo encontro em que Guedes afirmou que o Chinês “inventou” o novo coronavírus. Na mesma ocasião, ele criticou o aumento da expectativa de vida no Brasil.
“Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 (anos). Não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar”, disse.
Guedes não foi o único pego de calças curtas no encontro. No mesmo dia, o ministro da Justiça, Luiz Eduardo Ramos, disse que se vacinou “escondido” e que incentiva o presidente Jair Bolsonaro a se imunizar por temer pela vida do mandatário.
Com informações do Estadão