Entre as medidas previstas no veto do presidente Jair Bolsonaro a parte do Orçamento de 2021, está um corte de R$ 1,5 bilhões nos recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), impactando diretamente as obras do Minha Casa, Minha Vida - renomeado pelo governo Bolsonaro de Casa Verde e Amarela.
Segundo a jornalista Idiana Tomazelli, do Estado de S.Paulo, o veto praticamente zerou os recursos do programa, sobrando apenas R$ 27 milhões, insuficientes para terminar obras de 200 mil unidades, que devem ser paralisadas caso o cenário não seja revertido.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), comandado por Rogério Marinho - desafeto do ministro da Economia, Paulo Guedes -, foi um dos mais impactados com a tesourada do veto do presidente: R$ 8,6 bilhões vetados e mais R$ 827,2 milhões bloqueados.
Em entrevista do Estadão, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, criticou o corte, classificando-o como uma loucura. “Acho simplesmente uma loucura, vai paralisar obras, demitir pessoas, criar um problema seriíssimo que, para retomar, custará muito mais caro. Quem cortou não tem noção do que está fazendo. Inacreditável”, afirmou.
Martins afirma que 250 mil empregos estão ameaçados com a decisão.