A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou uma notificação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta semana informando que já foram identificados os promotores dos chamados atos antidemocráticos e dos ataques ao STF no ano passado.
Segundo informações divulgadas pelo jornalista Aguirre Talento, do Jornal O Globo, nesta sexta-feira (16), Moraes recebeu os nomes para ser informado do andamentos das investigações.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, ainda pediu ao ministro que os suspeitos tenham o sigilo bancário quebrado com o objetivo de identificar os financiadores dos atos.
Diversos parlamentares e empresários bolsonaristas foram chamados a prestar depoimento no inquérito. Entre os ouvidos estão a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidenta da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
As investigações apuram a possibilidade das manifestações terem sido realizadas com esquemas ilegais de financiamento, que poderiam envolver bolsonaristas com cargos políticos, e até mesmo lavagem de dinheiro.
Milícias digitais e lavagem de dinheiro
O inquérito que apura os atos antidemocráticos é o mesmo que apura as milícias digitais bolsonaristas. Em entrevista dada em setembro, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que as chamadas milícias digitais praticam “grande lavagem de dinheiro”.
Confira a lista de bolsonaristas supostamente envolvidos nas milícias digitais aqui.