Dallagnol, Januário e procuradores da Lava Jato viram alvo de investigação do STJ

Jornal O Globo teve acesso ao inquérito instaurado a pedido do presidente do STJ, Humberto Martins, e tenta, em defesa da Lava Jato, desconstruir as justificativas que motivaram a ação, baseada em conversas da Operação Spoofing e entrevista de Walter Delgatti ao 247

Procuradores da Lava Jato em Curitiba (Foto: Reprodução/ Twitter/ Jerusa Viecili)
Escrito en POLÍTICA el

No dia em que a pauta sobre a suspeição de Sergio Moro voltou à mesa de julgamento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o jornal O Globo obteve acesso a um inquérito instaurado pelo ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para investigar os procuradores da Lava Jato Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Orlando Martello Júnior e Diogo Castor de Mattos.

Além deles, figuram como investigados Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, e a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen.

Segundo a reportagem d'O Globo - que tenta desconstruir, em defesa da força-tarefa, as justificativas da ação -, a abertura do inquérito tem por base as conversas apreendidas na Operação Spoofing e na entrevista do hacker Walter Delgatti Neto a Joaquim de Carvalho, do Brasil 247.

Ainda de acordo com O Globo, "a justificativa de Humberto Martins para abrir o inquérito foi apurar supostos diálogos em que procuradores da Lava-Jato tentariam investigar, de forma ilegal, os ministros do STJ".

"Essa longa lista de nomes assustou o procurador-geral da República Augusto Aras, que classificou o inquérito como "extremamente grave e preocupante" e designou um subprocurador-geral da República para atuar no caso", diz a reportagem.

Desde o último dia 11 de março, o STJ obteve acesso a todos os dados apreendidos pela Operação Spoofing, após ofício de Humberto Martins ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar