A decisão do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, de remover personalidades da lista de homenageados pela instituição foi revertida judicialmente nesta terça-feira (16).
Segundo informações do colunista Guilherme Amado, da Revista Época, o juiz federal Diego Câmara atendeu a um pedido da Rede Liberdade que obriga o retorno da deputada federal e ex-ministra Benedita da Silva (PT-RJ), da ex-ministra Marina Silva (Rede) e de João Francisco dos Santos, Madame Satã, à lista de personalidades negras da entidade.
Questionada a prestar esclarecimentos sobre a decisão de Camargo, a fundação não apresentou motivações nem a existência de um processo administrativo para tratar da exclusão.
A exclusão do nome de Benedita foi anunciado por Camargo a dois meses das eleições de 2020. Ela concorria à Prefeitura do Rio. Em novembro, o bolsonarista anunciou a exclusão de vários nomes, o que foi revertido no Senado.
Nas redes, Benedita comemorou. "A importância histórica das pessoas homenageadas não pode ser apagada. O ato de tirar nomes da lista por diferença ideológica e política precisa, sim, ser desfeito. Não vão nos silenciar e muito menos diminuir nossas lutas", tuitou.