O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou as redes sociais para pedir a prisão do procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, e da delegada da Polícia Federal, Erika Marena.
“O que mais precisa aparecer de fatos estarrecedores para que a delegada Erika Marena e o procurador Deltan Dallagnol sejam presos. Eu sugiro que contratem advogados e tentem uma delação premiada. Os dois sabem muito e podem ajudar a capturar toda quadrilha e quem financiou!!”, postou Pimenta.
Uma das mais reveladoras conversas contidas nos dados obtidos pela Operação Spoofing, divulgada nesta segunda-feira (22), mostra que os procuradores da Lava Jato sabiam que Erika lavrou o termo de depoimento de uma testemunha que sequer foi ouvida.
O diálogo, que aconteceu em 26 de janeiro 2016, foi enviado pela defesa do ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Problemas administrativos
Em uma das mensagens, Deltan conversa com outro procurador, Orlando Martello Junior. “Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada… DPFs [delegado da polícia federal] são facilmente expostos a problemas administrativos”.
Martello responde mostrando que, para ele, o maior problema não era a falsificação em si, mas, sim, o fato de que tal situação poderia levar ao descrédito da Lava Jato, já que Erika era uma delegada ligada à força-tarefa de Curitiba.