A deputada bolsonarista Soraya Manato (PSL-ES), defensora do uso da cloroquina, ivermectina e outros medicamentos como suposto tratamento precoce contra a Covid-19, recebeu no dia 25 de janeiro a primeira dose da CoronaVac.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, no entanto, Soraya disse que preferia ter recebido outra vacina, mas que não há como escolher. Segundo ela, a preferência por outro imunizante se dá por conta "dos estudos, das referências".
"Não sou crítica de nenhuma vacina, muito pelo contrário. Nunca dei declaração nesse sentido. Sou uma defensora de vacinas, tanto que tenho projeto de lei anterior à pandemia de que os pais têm obrigação de vacinar os filhos", afirma a deputada.
"Por mim, teria preferência por outra. Mas não tive outra opção, foi a que deram no hospital e obedeci", completa. "[Preferia outra que não a Coronavac] pela própria pesquisa. Mas acho que todas são válidas."
"Não tem nada a ver com o Doria. Tanto que sou da comissão externa do coronavírus da Câmara e visitamos o Instituto Butantan e a Fiocruz [...] Temos que valorizar essas instituições", continua.
Nas redes sociais, Soraya já pediu a interrupção dos estudos da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A deputada é médica ginecologista e diz que atende em hospital dois dias por semana no Espírito Santo.
Em agosto do ano passado, a parlamentar disse em sessão na Câmara que havia tido acesso ao laudo médico da menina de dez anos que engravidou após ser estuprada no Espírito Santo.
Soraya chegou a afirmar que o aborto realizado na criança foi “infanticídio” contra o feto.