Ao votar pela manutenção da prisão do colega Daniel Silveira (PSL-RJ), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) tentou conter a emoção, principalmente quando dedicou seu voto à memória de Marielle Franco, que foi sua assessora parlamentar antes de se eleger vereadora no Rio de Janeiro.
“A Marielle foi minha grande companheira de luta, amiga querida, e você deputado (Silveira), que neste momento está sendo preso, tentou matar a memória da Marielle, fez diversos discursos de ódio sobre uma mulher negra que foi brutalmente e covardemente assassinada”, recordou o deputado.
Em seguida, Freixo encarou Silveira, dizendo que “o seu discurso de ódio encoraja muita gente a cometer práticas físicas de violência e nós não precisamos disso”.
O deputado do PSOL lembrou que Silveira, durante a campanha que o elegeu como deputado federal, foi quem quebrou a placa em homenagem à vereadora, que foi assassinada em março de 2018.
“A Marielle virou placa, virou símbolo, virou arte, virou sonho, virou esperança, por tudo de bom que ela fez na vida. A Marielle vai ser lembrada sempre, porque ela ficou gigante, e o senhor, deputado (Silveira), ficou pequeno. O tamanho de um homem não se dá pelos seus músculos, e sim pela sua dignidade”, afirmou.
Para finalizar, Freixo defendeu a cassação do mandato de Silveira. “Pessoas como o senhor não cabem no parlamento. Cabe a diferença, ideologias divergentes, o bom debate, o bom enfrentamento, mas não cabe o ódio, o fascismo, o medo, a violência, a ameaça”, concluiu.
Veja a íntegra do voto de Marcelo Freixo: