A nomeação do general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da Petrobras foi uma das grandes surpresas desta sexta-feira (19), e ao parecer, não só para o público em geral, como também para os membros do próprio Conselho da Petrobras.
Segundo matéria da revista Veja, fontes ligadas ao Conselho e à cúpula da empresa afirmaram que foram pegas de surpresa com a medida anunciada pelo governo.
Além disso, as mesmas fontes questionaram que o presidente Jair Bolsonaro não poderia colocar o militar em substituição de Roberto Castello Branco – demitido nesta mesma sexta –, pois isso a viola as normas internas da Petrobras.
O estatuto da empresa estabelece, por exemplo, que para indicar um novo presidente para a empresa, o governo deve escolher somente entre nomes que já formam parte do Conselho da Petrobras, o que não é o caso do general Silva e Luna.
Outro problema da troca de presidentes na Petrobras é que Bolsonaro não poderia ter tomado a medida sem consultar o Conselho de Administração da estatal.
Aliás, na live que o presidente realizou nesta quinta (18), Bolsonaro adiantou que haveria mudanças na empresa, mas também admitiu que não poderia interferir diretamente na mesma. “Eu não posso interferir e nem iria interferir (na Petrobras). Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”, comentou.