Juíza que incentivou aglomerações pede fim da “infame Lei de Segurança Nacional” após prisão de Daniel Silveira

Ludmila Lins Grilo chamou de "contraditório" e "bola quadrada" o mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes

Foto: InstagramCréditos: Redes Sociais
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A juíza bolsonarista Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), foi às redes sociais na madrugada desta quarta-feira (17) para pedir o fim da “infame Lei de Segurança Nacional” após a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).

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"A infame Lei de Segurança Nacional, perfeitamente adequada a ditaduras e tempos de terror, já está fazendo hora extra em nosso ordenamento jurídico e precisa ser IMEDIATAMENTE revogada pelo Congresso Nacional", escreveu no Twitter.

Ludmila também chamou de "contraditório" e "bola quadrada" o pedido de prisão contra o parlamentar assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

"Não existe, em nosso ordenamento jurídico, a figura do 'mandado de prisão em flagrante'. Isso seria uma contradição em termos: se é flagrante, é porque não precisa de mandado. Ou, se tem mandado, é porque não foi um flagrante. 'Mandado de prisão em flagrante' é a bola quadrada", escreveu no Twitter.

https://twitter.com/ludmilagrilo/status/1361899135490797569

A juíza ganhou as redes sociais no início de janeiro com vídeos incentivando aglomerações durante a pandemia do coronavírus. Entre as suas postagens, está uma que ela enviou para seus mais de 130 mil seguidores mostrando pessoas caminhando na Rua das Pedras, em Búzios (RJ), sem respeitar o distanciamento social.

A magistrada chegou a ser alvo de um pedido de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por parte do advogado José Belga Assis Trad, que alega que Ludmila pode ter cometido “crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva”.