Entre as revelações feitas pelo General Eduardo Villas Boas ao ao diretor do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), Celso Castro, no livro "General Villas Bôas: conversa com o comandante", está a de que ministros do governo Jair Bolsonaro auxiliaram o ex-comandante do Exército na elaboração do tuíte golpista que pressionou o Supremo Tribunal Federal (STF) às vésperas do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Lula.
Segundo informações do jornalista Igor Gielow, da Folha de S. Paulo, ao menos três militares que hoje compõem o governo Bolsonaro e o atual chefe da Força discutiram a nota, conforme aponta o relato do ministro.
Como já havia sido revelado, a mensagem publicada no Twitter não partiu apenas de Villas Bôas, mas foi discutida entre o Comando do Exército.
“Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”, dizia o tuíte golpista.
Informações recebidas pela Folha, que não constam no livro, apontam ainda que governo Temer se mobilizou para atenuar o conteúdo da mensagem. O então ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna, teria ficado chocado com o texto original.
Confira aqui a reportagem da Folha de S. Paulo