O procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, ganhou espaço nobre da Folha de S. Paulo neste sábado (13) para defender-se – e a Sérgio Moro – da acusação de conluio para tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do jogo político. A certa altura da entrevista, feita por e-mail, o procurador afirma: “Advogados têm contatos com juízes diariamente em todo o Brasil, e isso é legal. Figurões vão ao STF de bermuda. Não temos um décimo do acesso a certos ministros das cortes superiores que muitos advogados ou mesmo réus têm”.
Ele não cita o nome, mas é uma menção ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O profissional tem intensa atuação perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Em certa ocasião, ele foi à corte de bermuda para entregar um documento, ato livre de formalidades processuais.
“Eu não concedo a esse procurador nenhuma estatura moral para fazer qualquer crítica a quem quer que seja. Na verdade, ele não deve ter o costume de ir ao Supremo, salvo para fazer investigações ilegais, quando não tem sequer competência para tal, como comprovado pelos diálogos e pelas mensagens postas”, disse Kakay ao Brasil 247, referindo às conversas entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro via Telegram, em mãos da Polícia Federal.
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