O ex-ministro Fernando Haddad anunciou nesta sexta-feira (12) que não irá mais ministrar aulas no Insper com o objetivo de se dedicar mais às atividades políticas. Candidato à presidência em 2018 pelo PT, Haddad é cotado para repetir o intento em 2022 caso o ex-presidente Lula não possa se candidatar.
"Gostaria de agradecer a comunidade acadêmica do Insper que me acolheu por quatro anos como docente, onde colaborei, sob coordenação de Sandro Cabral, com o mestrado em gestão pública. A Cláudio Haddad e Marcos Lisboa, minhas homenagens pelo belo trabalho", escreveu Haddad em seu perfil no Twitter ao compartilhar notícia publicada pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha. Segundo Bergamo, o vínculo vai até 31 de março.
À pedido de Lula, Haddad vai colocar o "bloco na rua" para construir uma candidatura em 2022. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do Uol, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que seu "candidato era o Lula em 2018 e continua sendo em 2022”, mas que acredita que o PT não pode ficar imobilizado enquanto espera o julgamento do ex-mandatário.
"Nós não vamos fazer isso. Eu vou botar o bloco na rua", afirmou.
Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, na quinta-feira, ele reforçou essa disposição: “Combinação de charlatanismo e neoliberalismo é o que mantém a população confusa sobre o que é Bolsonaro. Não podemos deixar Bolsonaro sozinho fazendo campanha, não podemos deixar ele falando com a população sem que a gente também esteja na rua para nos contrapormos ao discurso oficial".