O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO)chamou o presidente da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de “office-boy de luxo de Bolsonaro”, durante discurso no Senado nessa segunda-feira (1º). A declaração foi durante o discurso que Kajuru fez como candidato à presidência da Casa. Ele renunciou à sua candidatura e anunciou voto em Simone Tebet (MDB-MS).
Kajuru começou dizendo que Alcolumbre não deveria “pedir proteção a Deus”, mas sim “perdão a Deus”, por, em sua visão, ter iniciado um mandato em que “tudo o que ele prometeu ele não cumpriu”. Para Kajuru, Alcolumbre “fecha um mandato de forma tão melancólica que muita gente no Brasil diz ter saudade de Renan Calheiros nos tempos da capitania hereditária neste Senado”.
E então Kajuru soltou seu ataque, dizendo que, no mandato de Alcolumbre, foi “trocada a palavra independência por subserviência”. “O que o senhor foi nesses dois anos foi ser, desculpe o termo, um office-boy de luxo do presidente Bolsonaro”, afirmou.
Para ele, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato apoiado por Alcolumbre e Bolsonaro, seguirá na mesma linha. “Eu imagino que o candidato do presidente e do senhor vai ser também um office-boy de luxo e ter dois patrões. Não terá independência, será subserviente.”
Kajuru ainda criticou o fato de Alcolumbre, em sua visão, não ter levado adiante projetos “ousados” e pedidos de CPIs. Afirmou que ele o fazia lembrar de “Geraldo Brindeiro, o maior engavetador de projetos e processos no governo Fernando Henrique Cardoso”.
E deu um exemplo. “A CPI do Judiciário ou da Toga, nós tivemos a certeza que ela não aconteceria em função de seus problemas na Justiça.”
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