Weintraub acha cargo de deputado “pequeno” e quer ser governador de SP, diz colunista

Ex-ministro da Educação, conhecido por seu português sofrível, diz que quer se lançar na disputa ao Palácio dos Bandeirantes “com ou sem o apoio de Bolsonaro”, por conta do seu “tamanho” político

Foto: Ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (Jovem Pan/Reprodução)
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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub tornou-se a mais nova dor de cabeça do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o colunista Lauro Jardim, do diário conservador carioca O Globo, o antigo chefe do MEC, que ficou conhecido por seus erros crassos de português e pela postura ultrarreacionária delirante, quer de qualquer forma disputar o cargo de governador de São Paulo em 2022, só que o presidente extremista está apostando todas as fichas na corrida ao Palácio dos Bandeirantes em seu atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

De acordo com Jardim, Weintraub informou a interlocutores que acha o cargo de deputado federal “pequeno” para o seu “tamanho” político e que por conta disso pretende ser candidato ao governo do estado mais rico do país “com ou sem” o apoio de Bolsonaro, o que poderia em algum grau reduzir os votos em Tarcísio.

Figura das mais extremistas e radicais do séquito de bajuladores do Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub fez uma gestão desastrosa no Ministério da Educação e acabou se notabilizando muito mais pela forma detestável e prepotente como tratava qualquer um que não fosse dos setores mais paranoicos e conflituosos do bolsonarismo do que por qualquer realização na pasta da Educação.

Após protagonizar falas descabidas e violentas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) numa reunião ministerial que foi gravada, cujas imagens foram reveladas em maio deste ano, chamando os magistrados de “vagabundos” e dizendo que “por ele botava todos na cadeia”, Weintraub passou a ser investigado pela instância mais alta do Judiciário brasileiro e então fugiu para os EUA, onde Jair Bolsonaro o arranjou um emprego no Banco Mundial, para ganhar R$ 121 mil por mês.

As imposições de Weintraub sobre ser candidato no próximo ano, acreditando ter um “tamanho” político expressivo, mostram a dimensão da confusão que tomou conta do bolsonarismo. Com a popularidade desabando por conta de um governo pífio, que conduziu grandes frações da população brasileira à miséria, e correndo risco até de ser ultrapassado por Sergio Moro nas pesquisas eleitorais para a Presidência, Jair Bolsonaro e as principais figuras de seu enterrado conservadorismo incivilizado e bárbaro seguem acreditando que “surfarão” novamente a onda de 2018, quando o discurso disruptivo e vazio da antipolítica prevaleceu sobre o debate de ideias.