Servidores públicos federais de diversas categorias se reúnem nesta quarta-feira (29), para discutir maneiras de pressionar o Palácio do Planalto por reajuste salarial. A pauta, de acordo com entidades do funcionalismo, é a realização de uma greve geral unificada.
O Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz o texto. O grupo reúne entidades representativas de diversas carreiras públicas.
Benefícios à PF incomodam
O Congresso Nacional aprovou, na semana passada, o Orçamento da União 2022, prevendo R$ 1,7 bilhão para reajuste dos salários de policiais federais. O valor deverá beneficiar servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A notícia incomodou as demais carreiras do funcionalismo federal.
Vários servidores já estão parados
Funcionários da Receita Federal já estão parados. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores da Receita (Sindifisco), 738 servidores em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados, o que representaria 93% dos chefes de unidades do país, de acordo com a entidade.
Auditores Federais Agropecuários, subordinados ao Ministério da Agricultura, adotaram a operação-padrão na última segunda-feira (27). A categoria é responsável por inspecionar produtos agropecuários, como alimentos, em portos e aeroportos, e reivindica correção salarial e realização de concurso público para reposição do quadro de servidores.
O reajuste previsto para policiais também passou a ser alvo de queixas de servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Banco Central (BC), entre outros.
Guedes apavorado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, está em pânico com a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) ceder às pressões e dar aumentos, assim como fez com a PF. Ele escreveu carta a Bolsonaro e ministros avisando que o país quebraria, de acordo com informações do colunista Ricardo Noblat.
Com informações da Folha e do Metropóles