Um dos primeiros movimentos que o ex-governador Geraldo Alckmin fez após se desfiliar do PSDB, partido do qual foi um dos fundadores, foi ligar para Carlos Siqueira, presidente do PSB, partido para onde deve ir em uma eventual chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A primeira conversa entre os dois será no próximo domingo (19), no jantar de confraternização do grupo Prerrogativas, formado por juristas e artistas a partir das injustiças cometidas pela operação Lava-Jato.
O jantar promete ser um dos últimos grandes acontecimentos políticos do ano. Vai contar com a presença de Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que conseguiu aprovar no partido o início do processo para a federação da legenda com PCdoB, PSB, PSol e PV.
A coluna de Lauro Jardim, no Globo, lembra que esta será a primeira vez que os quatros estarão juntos pessoalmente após Alckmin deixar o PSDB.
A entrada de Alckmin no PSB não será tão simples assim. Para tal, o partido exige uma troca de postura, ou seja, abraçar mais causas sociais e deixar de lado o discurso privatista.
Primeiro passo
Alckmin, por sua vez, declarou que sua saída do PSDB foi “o primeiro passo” para uma possível candidatura a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula, em 2022.
O ex-tucano, porém, ponderou, que vai precisar conversar muito para “dar o segundo passo”.
O ex-governador disse ainda que o desafio para 2022 é a retomada do crescimento do país e que o momento será de muita conversa para amadurecer a decisão sobre seu futuro político.
“Eu dei o primeiro passo, agora, nós vamos ouvir muito, conversar muito, para poder dar um segundo passo. Então, vamos aguardar, a hora é de ouvir bastante e conversar bastante. E este é o momento de grandeza política, de espírito público e de união”, afirmou.
Com informações da coluna de Lauro Jardim