Um dia após desencadear uma ação de busca e apreensão na casa dos irmãos Ciro e Cid Gomes, do PDT, no Ceará, a Polícia Federal bateu à porta do governador do Acre, Gladson Cameli, filiado ao centrista PP e um dos poucos aliados de Jair Bolsonaro (PL) nos estados.
No total, estão sendo cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão no Acre, no Amazonas e no Distrito Federal. Cerca de 150 policiais e agentes estão envolvidos na operação autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Segundo a investigação, um grupo formado por empresários e por agentes do governo estadual aparelhou a estrutura pública para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores. A PF ainda não informou quais as acusações recaem sobre o governador.
O STJ ainda determinou aos investigados "o afastamento da função pública; a proibição de acesso a órgãos públicos e o impedimento de contato entre os investigados".
A Corte também exigiu o bloqueio de cerca de R$ 7 milhões nas contas bancárias dos alvos da investigação e retenção de veículos de luxo supostamente adquiridos através da lavagem de dinheiro.
Pré-candidato, Cameli busca a reeleição no estado com o apoio de Jair Bolsonaro. O governador é próximo ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e é o único governador da legenda.
A ação acontece um dia após a Polícia Federal receber várias críticas por realizar busca e apreensão na cada de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, com base em investigação sobre um suposto desvio de recursos em obra do estádio Castelão na Copa de 2014.