Após ação contra Ciro, PF faz buscas em casa de governador aliado de Bolsonaro

PF investiga esquema de corrupção no governo de Gladson Cameli, do PP de Ciro Nogueira. No total, estão sendo cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão no Acre, no Amazonas e no Distrito Federal.

Gladson Cameli e Jair Bolsonaro ( Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Um dia após desencadear uma ação de busca e apreensão na casa dos irmãos Ciro e Cid Gomes, do PDT, no Ceará, a Polícia Federal bateu à porta do governador do Acre, Gladson Cameli, filiado ao centrista PP e um dos poucos aliados de Jair Bolsonaro (PL) nos estados.

No total, estão sendo cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão no Acre, no Amazonas e no Distrito Federal. Cerca de 150 policiais e agentes estão envolvidos na operação autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça.

Segundo a investigação, um grupo formado por empresários e por agentes do governo estadual aparelhou a estrutura pública para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores. A PF ainda não informou quais as acusações recaem sobre o governador.

O STJ ainda determinou aos investigados "o afastamento da função pública; a proibição de acesso a órgãos públicos e o impedimento de contato entre os investigados".

A Corte também exigiu o bloqueio de cerca de R$ 7 milhões nas contas bancárias dos alvos da investigação e retenção de veículos de luxo supostamente adquiridos através da lavagem de dinheiro.

Pré-candidato, Cameli busca a reeleição no estado com o apoio de Jair Bolsonaro. O governador é próximo ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e é o único governador da legenda.

A ação acontece um dia após a Polícia Federal receber várias críticas por realizar busca e apreensão na cada de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, com base em investigação sobre um suposto desvio de recursos em obra do estádio Castelão na Copa de 2014.