A celeuma entre o PT e o PSB sobre formar uma federação para as eleições do próximo ano e sacramentar a chapa presidencial Lula-Alckmin, assim como definir quem será o candidato a governador de São Paulo, pode estar chegando ao fim.
Nesta quinta-feira (16), Márcio França, ex-governador paulista e um dos mandachuvas do PSB, trocou afagos com o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, por conta do arquivamento a pedido do Ministério Público de acusações contra o petista, que tiveram pouca ou nenhuma publicidade dada pela imprensa, que por sua vez fez alarde quando as supostas irregularidades foram levantadas contra o político de esquerda.
“Haddad é um homem idôneo. É dever de TODA a imprensa, publicar com o MESMO destaque que fez na época, ao acusá-lo como suspeito, que o próprio MP concluiu ARQUIVAR o Inquérito contra ele. Honra não prescreve!”, escreveu França em seu perfil oficial no Twitter.
Haddad, por sua vez, agradeceu com cavalheirismo as palavras do ex-prefeito de São Vicente que ocupou o Palácio dos Bandeirantes por pouco menos de um ano em 2018.
“Querido Márcio, temos a tarefa de colocar o país nos eixos. Muito obrigado pelo carinho. Abraço.”, retribuiu o petista, na mesma rede.
A troca de afagos foi vista por parte dos analistas como uma aproximação que pode predizer um acordo entre os dois partidos, que negociam ferrenhamente para compor em 2022. O ex-presidente Lula estaria próximo de fechar com Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, a dupla que disputará a Presidência da República, ainda que um imbróglio sobre as exigências do PSB se mantivesse, já que Márcio França quer sair candidato ao governo paulista, assim como Haddad, que não aceitou inicialmente a proposta de candidatar-se a uma cadeira no Senado Federal.
O chamego nas redes sociais na tarde desta quinta (16) deixou uma pulga atrás da orelha de muita gente, além de uma pergunta que não quer calar: será que os dois partidos chegaram a um acordo agora?