Na decisão em que autorizou a Polícia Federal (PF) cumprir um mandato de busca e apreensão na casa de Ciro Gomes, presidenciável do PDT, na manhã desta quarta-feira (15), o juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, da 32ª Vara Federal do Ceará, determinou ainda a quebra dos sigilos bancário e telefônico do pedetista, do irmão, o senador Cid Gomes, e de mais 12 alvos da ação, que investiga supostos desvios no processo de licitação para obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre os anos de 2010 e 2013.
“AUTORIZO a apreensão de computadores, telefones celulares, tablets, pendrives e outros dispositivos de armazenamento de midia, sejam eles funcionais e/ou particulares. AUTORIZO, igualmente, o acesso a todos os dados (p.ex. registros de chamadas; conteúdo das comunicações via aplicativos do tipo Whatsapp, Telegram ou SMS; vídeos; áudios; fotos, informações de georreferenciamento, etc.) existentes nos computadores, telefones celulares, tablets, pendrives e demais equipamentos eletrônicos/computacionais ou mídias apreendidos na posse dos investigados, bem como na chamada “nuvem” (cloud computing), relativa aos diversos serviços de armazenamento on line de conteúdo (Google Drive, Onedrive etc)”, diz o juiz.
No entanto, em entrevista ao programa de José Luiz Datena, na rádio Bandeirantes, Ciro afirmou que os agentes da PF nada levaram da casa dele e chegaram a pedir desculpas pela ação.
Nas redes sociais, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) atacou o juiz, expondo uma decisão em que o magistrado absolveu um homem pelo crime de racismo ao negar a existência do holocausto e dizer que "peste negra" que matou milhares de pessoas na Europa e a pandemia da Covid-19 foram provocadas por judeus.
"Inadmissível ver um integrante do judiciário tomar decisões absurdas como esta contra @senadorcidgomes e @cirogomes. Repugnante ver o mesmo juiz que absolveu um neonazista (ver abaixo), determinar um mandato de busca e apreensão descabido e intempestivo", tuitou Figueiredo, compartilhando a notícia sobre o juiz.