Durante participação na Conferência do Clima das Nações Unidas em Glasgow, a COP-26, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve a "brilhante ideia" de defender a criação e uma espécie de Vale do Silício em plena Floresta Amazônica. A proposta de reunir empresas de tecnologia em área ambiental foi batizada por Guedes de "Selva do Silício".
"Agora nós entramos de cabeça nessa nova causa, que é a causa verde depois de um início um pouco hesitante eu diria", disse Guedes. Segundo ele, a "imagem de um país que não preserva recursos naturais" faz parte de uma "guerra política interna.
Na sequência, ele defendeu uma desoneração de 20 anos para as empresas gigantes de tecnologia que quiserem se instalar na Amazônia para criar, segundo ele, um polo de economia verde e desenvolvimento sustentável.
“A Amazônia deve ser a capital mundial dos seminários executivos sobre a economia verde. Há o Vale do Silício, vamos fazer a Selva do Silício”, afirmou Guedes.
Enquanto ativistas jovens brasileiros e líderes indígenas roubam a cena em uma enorme delegação que luta em defesa do meio ambiente, a comitiva oficial do Brasil tem feito uma participação bastante apagada na COP26. A atuação do governo tem se limitado ao stand específico do país, onde discursou o ministro Joaquim Leite e onde foi exibido vídeo do presidente Jair Bolsonaro.
Com promessas pouco concretas dos principais líderes mundiais, a COP já é apontada como um fracasso por ativistas. “Não é segredo que a COP26 é um fracasso. Não podemos resolver uma crise com os mesmos métodos que nos colocaram nela”, disse Greta Thumberg em protesto realizado nesta sexta-feira (5) em Glasgow.