Ex-juiz parcial, Moro não decola como candidato, dizem políticos

Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann afirma que "o emprego de candidato" é o que o ex-ministro "tinha à mão neste momento". Para Carlos Lupi (PDT), Moro "representa a Justiça sob suspeição"

Ex-juiz Sergio Moro. (Foto: Fotos Públicas)
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Falta de traquejo, Vaza Jato e identificação com Jair Bolsonaro são alguns dos motivos pelos quais dirigentes de diferentes partidos, da esquerda à direita, têm mantido discursos céticos sobre as chances do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) em sua possível candidatura presidencial.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirma que o ex-ministro do governo Bolsonaro não passa de filial do presidente e encabeça uma candidatura vulnerável de um partido fraco.

"É uma filial menos grossa, mas é muito parecido, fala com eleitorado conservador", diz. "Está fadado ao fracasso. Não traz novidade, representa a Justiça sob suspeição", completa.

Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann ressalta que Moro não está se filiando ao Podemos por opção, mas "porque perdeu a boca rica, ilegal e vergonhosa que tinha arranjado no escritório que trabalha para a Odebrecht". "O emprego de candidato é o que ele tinha à mão neste momento", afirma.

Ela cita, ainda, pesquisa encomendada ao Vox Populi e divulgada na semana passada que indica que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) seria eleito no primeiro turno com 57% dos votos válidos e Sergio Moro teria 0,03%.

Já nos partidos de centro, a opinião é que as pesquisas não mostram crescimento das intenções de voto em Moro desde que ele começou a sua "campanha".

Com estreia na Globo, no programa Conversa com Bial, de Pedro Bial, o ex-juiz começou via sacra por jornais e TV, para fechar apoio como candidato.

Um dos principais motivos para a rejeição da classe política é a parcialidade do juiz nos julgamentos relacionados a Lula no processo de lawfare conduzido pela Lava Jato.

Para aliados do ex-ministro da Justiça, as falas dos políticos têm mais relação com uma torcida para que ele não vingue do que com a realidade dos fatos.

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