Em live transmitida na noite desta sexta-feira (19), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao lado de seu pai, Jair Bolsonaro, tentou rebater as críticas feitas ao passeio que eles e grande comitiva fizeram a países árabes. Segundo o parlamentar, diferente do que dizem os críticos, Emirados Árabes, Catar e Bahrein não seriam ditaduras.
"Alguns criticam que não são democracias. Vale lembrar que esses países são monarquias, tradicionalmente monarquias, e sempre apontando para uma abertura. O que não ocorre aqui com Cuba e Venezuela, por exemplo, poucas vezes criticados por esses jornalistas que falam besteira sobre esses países", declarou. "Qualidade de vida sensacional", afirmou ainda.
Segundo o último Índice de Democracia da revista The Economist, os três países visitados pelo clã presidencial são regimes autoritários - a pior classificação da medição. O índice faz a avaliação com base em 5 categorias: processo eleitoral e pluralismo liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política. Em um total de 167 países avaliados, Emirados Árabes figura na 145ª posição no quesito democracia, enquanto está na 128ª e Bahrein na 149ª.
Ostentação
O filho do presidente, ainda na live, também tentou rebater as críticas sobre o fato da comitiva ter se hospedado em hotéis luxuosos nos Emirados Árabes e também no Bahrein.
Segundo Eduardo Bolsonaro, a escolha dos locais se deu porque seria "uma cultura árabe". "Eles não permitem que o presidente fique em um lugar que não seja o melhor quarto de hotel.
O hotel Habtoor Palace, em Dubai, tem diárias que chegam a R$ 81 mi e possui uma série de suítes de luxo extremo. A segunda mais cara tem diárias de R$ 21 mil. As mais “populares” podem ser reservadas com antecedência em sites pela bagatela de cerca de R$ 3,3 mil por dia.
Depois, no Bahrein, Bolsonaro publicou vídeo em que se mostra deslumbrado com o quarto luxuoso do hotel em que se hospedou. “Preço do apartamento: a diária, R$ 46 mil, né? Isso dá aproximadamente US$ 7 mil“, disse o presidente em vídeo publicado no Youtube por perfil ligado a Carlos Bolsonaro.