A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), anunciou, nesta quarta-feira (17), que o PT, por meio de suas lideranças, estuda buscar mecanismos dentro da Constituição para evitar o fim do Bolsa Família. Inclusive, com ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante coletiva, que contou com a participação dos líderes do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), e no Senado, Paulo Rocha (PA), além de outros parlamentares do partido, Gleisi lamentou a realidade atual do país.
De acordo com informações divulgadas por Bohn Gass, dos 39 milhões, 350 mil, 152 beneficiários do Bolsa Família, a partir de novembro, apenas 14 milhões, 506 mil, 301 receberão o Auxílio Brasil. Isso representa que 24 milhões, 848 mil, 851 brasileiros ficarão fora do programa de renda mínima.
As informações apresentadas pelos parlamentares são do Mapa da Exclusão, que mostra, por estados e municípios do país, o número de brasileiros que não receberão mais o benefício.
“Os dados apontam o desastre do governo de Jair Bolsonaro, que não tem projetos econômico e social. O Bolsa Família é uma rede de proteção forte, de inclusão e distribuição de renda. O fim representa uma tragédia social”, refletiu a deputada.
“Estamos estudando medidas judiciais para evitar o fim do programa, pois coloca a população em estado de vulnerabilidade. Como essas pessoas vão comer? Vamos usar como base a Constituição, via STF. A situação do país é crítica e, enquanto isso, o presidente está passeando de moto no Catar”, acrescentou.
Governo Bolsonaro quer trocar Bolsa Família por um programa eleitoreiro
Bohn Gass afirmou que o governo Bolsonaro não tem credibilidade e destruiu um programa muito bem estruturado para criar o Auxílio Brasil, que pretende oferecer apenas R$ 200 mensais para os beneficiários.
Paulo Rocha, por sua vez, anunciou que os parlamentares das bancadas do PT vão denunciar a situação delicada do país em todos os fóruns onde tenham voz. “Esse governo é uma enganação e quer criar um programa eleitoreiro, somente para 2022”, resumiu.