O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, condicionou o apoio ao ex-presidente Lula na disputa presidencial ao apoio do PT a candidatos da sigla em estados que considera chaves, como São Paulo.
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Além de cogitar a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo do Estado, o PT ainda negocia o apoio a Guilherme Boulos (PSOL) e trabalha a hipótese de Márcio França, do PSB, ser vice na chapa de Geraldo Alckmin, que está deixando o PSDB rumo ao PSD e também tem sido cotado para vice de Lula.
"O que eu disse para o PT? O PT tem que escolher o que ele quer. A Presidência da República? Ótimo, e nós podemos até apoiar, não há problema. Agora, nós precisamos ter, conquistar nossos espaços de poder, espaços significativos", disse Siqueira ao Portal Uol.
Em São Paulo, o presidente do PSB diz que a sigla não abre mão da candidatura de França. "Ele é candidato pra valer mesmo".
Negociações emperradas em outros estados
Além do maior colégio eleitoral do país, o PSB já definiu candidaturas no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Rio de Janeiro - onde há consenso com petistas sobre o nome do deputado federal Marcelo Freixo (PSB).
"São estados fundamentais, importantíssimos", diz Siqueira.
O maior entrave, depois de São Paulo, está no Rio Grande do Sul, onde o PT já anunciou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto e o PSB lançou o nome do ex-deputado federal Beto Albuquerque. No Espírito Santo, o PSB tem como pré-candidato Renato Casagrande, que conta com a simpatia de parte do PT.
Freixo alerta que é preciso buscar um consenso cada vez maior para que não se repita o que aconteceu em 2018, com a cisão do campo progressista abrindo caminho para Jair Bolsonaro (Sem partido) e diversos aventureiros nos estados.
"O fato de a gente não ter conseguido uma unidade plena levou o Brasil a sofrer essa derrota em 2018. A gente não pode cometer o mesmo erro", afirmou ao Uol.