“Rachadinha” de Alcolumbre será alvo de investigação da PGR

Seis ex-funcionárias do gabinete do atual presidente da Comissão de Constituição de Justiça do Senado fizeram a denúncia

O senador Davi Alcolumbre - Foto: Agência Brasil
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar, na quarta-feira (3), as suspeitas de “rachadinha” no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa.

Augusto Aras anunciou que vai tentar obter dados para complementar os documentos e depoimentos de seis mulheres, residentes na periferia do Distrito Federal. Elas teriam sido funcionárias fantasmas de Alcolumbre, entre 2016 e 2021. Todas dizem que deixavam a maior parte do salário com o gabinete do senador.

“Meu salário era acima dos R$ 14 mil, mas eu só recebia R$ 900. Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso”, declarou a estudante Erica Almeida Castro, de 31 anos.

Alcolumbre afirmou que não trata de contratação de funcionários e que, essa função, era do seu ex-chefe de gabinete, exonerado em 2020. Disse, ainda, que ninguém estava autorizado a ficar com os salários dos funcionários.

Denúncia

As seis mulheres revelaram que foram empregadas durante muito tempo no gabinete de Alcolumbre, mas nunca receberam o valor integral dos salários. Elas tinham vencimentos que variavam de R$ 4 mil a R$ 14 mil por mês, porém, recebiam em troca apenas uma pequena gratificação. Elas eram instrumentos do que se conhece popularmente como “rachadinha”.

Assim que eram contratadas, Marina, Lilian, Erica, Larissa, Jessyca e Adriana abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e a senha a uma pessoa da confiança do senador. Salários, benefícios e verbas rescisórias a que elas teriam direito não ficavam com elas. O valor da fraude é calculado em pelo menos R$ 2 milhões.

Com informações da Veja