O presidente Jair Bolsonaro até tentou driblar a suspensão imposta pelo YouTube para transmitir sua live semanal na plataforma na quinta-feira (28), mas a "gambiarra" durou pouco.
Em nota enviada ao G1, o YouTube afirmou que proíbe conteúdos de criadores que estejam sob restrição e que, por isso, removeu nesta sexta-feira (29) a live dos canais de Carlos Bolsonaro e do programa Pingo Nos Is, da Jovem Pan.
Durante a transmissão, o presidente deu a entender que pode promover uma mudança na política de preços da Petrobras, principal causadora da alta nos combustíveis. Com a declaração, o mandatário pareceu tentar fugir da retórica falsa de culpar os impostos estaduais pelo aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, e enfrentar um problema que tem sido denunciado há anos pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei. Não é justo um país praticamente autossuficiente em petróleo ter o preço do combustível atrelado ao dólar. É coisa que vem de anos”, disse Bolsonaro durante live, sugerindo uma possível mudança de rumos na Petrobras.
YouTube suspendeu Bolsonaro por fake news sobre vacina
Após Facebook e Instagram derrubarem o vídeo da live em que Bolsonaro propagou uma fake news relacionando a vacina contra a Covid-19 com a Aids, foi a vez do YouTube punir o canal do presidente. Como Bolsonaro contrariou as diretrizes da plataforma pela segunda vez, o canal foi suspenso por 7 dias.
Se o mandatário infringir as normas da rede em mais duas oportunidades, pode ter o seu canal derrubado por tempo indeterminado.