A pesquisa de popularidade PoderData divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que a rejeição do eleitorado a Jair Bolsonaro manteve-se no patamar do último levantamento, realizado há duas semanas: 58%, somando o ruim e o péssimo.
O percentual de eleitores que consideram o governo do presidente extremista bom ou ótimo também seguiu idêntico ao da pesquisa da primeira quinzena de outubro, estacionado na marca de 33%, enquanto os que disseram não saber permaneceram em 9% do total de entrevistados.
O que chama a atenção neste levantamento do PoderData é o fato de ter sido o primeiro realizado após o anúncio oficial do oportunista Auxílio Brasil, uma manobra eleitoreira promovida por Bolsonaro para garantir a transferência de R$ 400 por mês para 17 milhões de famílias até o fim de 2022, coincidentemente a mesma data em que se encerrará a próxima corrida eleitoral ao Planalto.
Por ora, mesmo que prematuramente, o Auxílio Brasil ainda não trouxe mudanças no horizonte de popularidade do líder radical de extrema direita, que aposta todas as suas fichas numa reabilitação de sua imagem após a desastrosa gestão iniciada em 1° de janeiro de 2019.
Adversários políticos do atual presidente não atacam a decisão de emplacar mais um programa social de transferência de renda para as populações em condições de vulnerabilidade social, sobretudo em época de gravíssima crise econômica. O que desperta crítica é o caráter temporário do Auxílio Brasil, que deixará de ser pago um mês após a definição nas urnas do mandatário que ocupará o Palácio do Planalto até o fim de 2026, assim como os cambalachos e gambiarras fiscais manobradas pelo governo Bolsonaro, que até então mantinha um discurso de austeridade fiscal e respeito ao orçamento.
Foram entrevistados 2.500 eleitores de 420 municípios brasileiros, dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 25 e 27 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.