Após denunciar os ataques fascistas, racistas e a utilização de símbolos proibidos por grupos de extrema direita durante ataque à Câmara Municipal de Porto Alegre, o vereador Leonel Radde (PT) disse que parlamentares pedirão a cassação do seu mandato.
"Mais uma vez a extrema direita volta seus canhões contra o nosso mandato e querem a nossa cassação. Só um tipo de pessoa teme o Antifascismo: o próprio fascista. Sinal de que o mandato de um Policial Antifa incomoda aqueles que flertam com os grupos supremacistas. Não passarão!", escreveu nas redes sociais.
Segundo ele, a fala foi dita por Fernanda Barth (PRTB), vereadora Presidenta da Frente Parlamentar Brasil/Israel. Em entrevista à Jovem Pan, ela defendeu as manifestações e afirmou que "muitas ações serão feitas" contra Radde.
"Teve uma manifestante que entrou com um cartaz com uma suástica. No momento que apontaram que havia um cartaz com uma suástica dentro da Câmara de Vereadores, três vereadores foram tirar o cartaz da mulher. A briga é pelo cartaz. Os vereadores de esquerda querem arrancar o cartaz da mão de um dos rapazes", disse.
"Muitas ações vão ser feitas. Ação minha e da vereadora Nádia contra um dos vereadores, que é líder do movimento antifa aqui no Rio Grande do Sul, que continua nos acusando de absurdos nas redes sociais. Denunciação caluniosa de apologia ao nazismo é crime. Vão responder na Comissão de Ética, vão pedir quebra de decoro", continuou Barth.
Segundo ela, o protesto era contra o passaporte da vacina, o qual definiu como "nazifascista". Manifestantes, no entanto, levaram cartazes com suásticas e um deles vestia uma camiseta com a bandeira Gadsden, dos Estados Unidos, usada por extremistas e supremacistas estadunidenses, e que marcou presença na invasão de apoiadores de Donald Trump ao Capitólio.
As parlamentares Bruna Rodrigues (PCdoB), Daiana Santos (PCdoB) e Laura Sito (PT) também foram vítimas de racismo, ao serem chamadas de “lixo” e “empregadas” por uma mulher visivelmente descontrolada. Segundo parlamentares, a Guarda Civil Municipal só agiu “no final” e, por isso, os próprios vereadores tiveram que se defender por conta própria.