João Campos diz a Lula que "não será empecilho" para aliança entre PT e PSB

Além da questão nacional, os dois líderes discutiram a sucessão de Paulo Câmara, atual governador do estado pernambucano

Foto: Divulgação
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O ex-presidente Lula recebeu o prefeito de Recife, João Campos (PSB), em São Paulo, para tratar das eleições de 2022.

De acordo com informações do Brasil 247, João Campos teria declarado ao ex-presidente Lula que "não será empecilho" a uma aliança entre o PSB e o PT.

Além das questões nacionais, também foi discutida a sucessão de Paulo Câmara no governo do estado de Pernambuco.

Segundo fontes ouvidas pelo Brasil 247, o prefeito de Recife também teria declarado apoio a Lula e afirmado que o líder petista "é o nosso candidato".

Por meio de suas redes, João Campos confirmou o encontro com o ex-presidente Lula e afirmou que defendeu a composição de uma frente ampla para derrotar o presidente Bolsonaro.

"Conversei em São Paulo com o ex-presidente Lula sobre como as forças democráticas podem atuar para derrotar Bolsonaro, nas eleições do ano que vem. Defendi novamente a composição de uma frente ampla, que apresente um projeto com ideias bem estruturadas para o país", revelou Campos.

Sobre uma aliança entre PT e PSB, o prefeito de Recife afirmou que tal discussão só deve ocorrer em 2022.

https://twitter.com/JoaoCampos/status/1452399811475427329

“Lula tem que ceder para compor com PSB”

Em entrevista ao Valor, Márcio França afirmou que não será um empecilho para uma possível aliança nacional entre o PSB e o PT, mas que Lula e o seu partido precisam ceder.

“Lula é experiente. Sabe que não dá para disputar numa olímpiada as medalhas de ouro, prata e bronze ao mesmo tempo”, disse França.

Em outro momento da entrevista, Marcio França, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, afirma que a eleição presidencial, a exemplo de outros lugares do mundo, será disputada voto a voto.

“A eleição brasileira será uma eleição perigosa. As últimas três no mundo, EUA, Alemanha e Peru, foram eleições de 50 vírgula alguma coisa a 49 vírgula algo. Não tem tido moleza ultimamente. Não há nenhuma possibilidade, pelo menos aparente, de uma eleição 70% a 30% no Brasil. É claro que o PT está fazendo seus cálculos. Mesmo a pessoa com 90% fica por conta de buscar os outros 10%. No caso do Lula, ele tem 40%, 40% e alguma coisa. Então a pessoa fica em busca de alcançar 50% mais um. É possível que eles abram mão (de ter candidato em SP)? É uma decisão que eles precisam tomar”, analisa o líder do PSB paulista.

Ainda sobre a disputa presidencial, França defende que o PSB tenha candidato próprio e aponta para o nome de Flávio Dino, governador do Maranhão, mas, caso não aconteça e o partido feche com o PT uma aliança nacional, França afirma que os petistas terão de renunciar a algumas posições em disputas locais.

“Se houver condições para que a gente tenha uma posição com o Lula, eu não seria empecilho para isso. Evidentemente, tem de avaliar se para o nosso partido isso é importante. Se for atrapalhar mais do que ajudar, não vale a pena. E aí quem vai dizer quais são essas condições é o PT. Se o PT entender que a prioridade é a eleição presidencial, vão ter de entender que isso significa abrir mão de posições no Brasil”, analisa.

Com informações do Brasil 247, Folha e Valor

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