Líder caminhoneiro diz que maioria da categoria se sente traída por Bolsonaro

Caminhoneiros planejam greve no dia 1º de novembro caso o governo não atenda demandas

Caminhoneiros de empresas de transporte de combustíveis ameaçam greve contra novo aumento do diesel (Reprodução)
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Com a iminência de uma greve de caminhoneiros prevista para o próximo mês, fica cada vez mais evidente o distanciamento da categoria com o presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à jornalista Malu Mões, do Poder360, neste domingo (17), Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), afirmou que a maioria da categoria se sente traída pelo presidente.

“70% da categoria acreditou nas propostas do governo e se considera traída por [Bolsonaro] não ter cumprido”, declarou.

No sábado, grupos de caminhoneiros se reuniram e deram um prazo de 15 dias para o governo atender as demandas pedidas por eles, caso contrário, será realizada uma greve nacional que pode afetar o abastecimento do país.

“A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”, disse Chorão, uma das principais lideranças de caminhoneiros autônomos do país e presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores).

Reivindicações

Veja abaixo a lista de demandas para suspenderem a paralisação:

Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);

Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;

Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;

Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);

Aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no Senado.

Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).