O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), teve um chilique nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (15) depois que uma reportagem anunciou que a Light, empresa energética que abastece a capital fluminense, cortou a luz de 66 prédios da prefeitura alegando dívida de R$ 261 milhões.
"A @lightclientes é uma empresa vagabunda. Passaram anos aliviando a barra do governo anterior. Agora querem receber na base do lobby e da chantagem. Eles terão as mesmas condições de recebimento de todos os fornecedores que têm crédito conosco! Não adianta nem forçar! Não passarão", tuitou o prefeito, marcando o perfil de atendimento da empresa.
Em outra publicação, Paes expôs sua ira com o atendimento da empresa na rede, que pede o envio de "uma mensagem por DM [Direct Messenger, o comunicador instantâneo do Twitter] com mais informações", padrão adotado a todos os consumidores.
"Será que eu respondo por DM? As regras de Integridade da prefeitura não me permitem. Vai ser por aqui mesmo! Bem aberto!", escreveu.
Privatização
A Light iniciou seus trabalhos no Rio de Janeiro em 1904 por meio da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, nome da empresa que pertencia a sócios canadenses.
No final da década de 1970, o contrato de concessão da Light com o governo federal foi encerrado, a empresa foi estatizada e passou para o controle da União.
Em 21 de maio de 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a Light foi privatizada pelo programa federal de desestatização através de leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
À época, Eduardo Paes era deputado federal e acertava sua filiação ao então PFL, partido do vice-presidente Marco Maciel.