O ex-presidente Lula visitou o presidente Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o ex-presidente Raúl Castro, 1º secretário do Partido Comunista de Cuba, nesta terça-feira (19) pouco antes de deixar o país caribenho rumo ao Brasil. O ex-líder sindical estava na ilha participando de um documentário.
Lula entregou às autoridades cubanas um documento em que condena a inclusão da ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo, promovida pelo presidente não-reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no apagar das luzes de seu governo.
"Donald Trump sai da História pela porta dos fundos e demonstra mais uma vez o homem vil que é, em uma manobra desprezível e oportunista, carregada da principal marca de sua administração: a mentira. Manifesto minha solidariedade a Cuba, à Revolução e ao povo cubano. E reitero meu repúdio a mais essa sordidez, que tem por único objetivo a tentativa de asfixiar nossa Ilha, reforçando o bloqueio e as agressões a ela impostos há mais de seis décadas", diz trecho da carta do ex-presidente.
"Cuba está aí, íntegra, decente, exemplo para o mundo daquela que é maior de todas as virtudes, a solidariedade humana. Quem deixa na História impressões digitas terroristas são eles, Trump e seus asseclas", afirma.
Segundo o ex-presidente, este último mês em que esteve no país "só fez crescer minha profunda admiração pelo zelo com que Cuba tem enfrentado esta praga terrível da Covid, protegendo seus cidadãos e ajudando a salvar milhares de vidas com o envio de médicos mundo afora".
Lula estava desde dezembro na ilha para participar do documentário do cineasta Oliver Stone sobre a trajetória do ex-presidente e as crises democráticas na América Latina.
"Quanto mais conhece Cuba mais o mundo está de mãos dadas a ela, condenando a covarde perseguição tirana do Império", declara.
Confira aqui a carta na íntegra