O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, admitiu nesta segunda-feira (18) que sabia que a situação do oxigênio em Manaus diante da pandemia era crítica e que a capital do Amazonas poderia sofrer desabastecimento, como acabou acontecendo na quinta-feira (14). A tragédia levou à morte de pacientes por falta do insumo.
"No dia 8 de janeiro, nós tivemos a compreensão, a partir de uma carta da White Martins, de que poderia haver falta de oxigênio se não houvesse ações para que a gente mitigasse este problema", afirmou o ministro durante coletiva de imprensa.
Segundo o general o colapso se deu por conta da demanda, que "triplicou, quadriplicou, quintuplicou"'. Ele, no entanto, não comentou quais medidas tomou para evitar o cenário que acabou ocorrendo.
Em ofício enviado ao STF, Advocacia-Geral da União (AGU) confirma que Ministério da Saúde teve conhecimento da gravidade da situação no Amazonas em reuniões com autoridades do estado nos dias 3 e 4 de janeiro.
No sábado (16), o procurador-geral da República, Augusto Aras, e pediu que o ministro Pazuello envie informações sobre o cumprimento das medidas sobre a pandemia no Amazonas e o que foi feito para tentar evitar a falta de oxigênio.
O colapso em Manaus fez com que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), recorresse à Venezuela para conseguir garantir o tratamento de seus pacientes.
Com informações da Folha e do Estado de S. Paulo