A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi na quinta-feira (24) à 4ª Delegacia de Investigações Gerais sobre Crimes Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em São Paulo, para autorizar a abertura de um inquérito criminal contra críticos das redes sociais. Um dos alvos seria a banda de rock Detonautas.
O grupo passou a incomodar a esposa do presidente Jair Bolsonaro após gravar uma sátira sobre os depósitos feitos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na conta de Michelle. “Hey, Michelle, conta aqui para nós. A grana que entrou na sua conta é do Queiroz?”, diz a música "Micheque". De acordo com reportagem da revista Veja, os assessores da primeira-dama veem crime de injúria e difamação.
O clipe mostra imagens de gado, laranjas e brinca com os filhos do presidente: zero um, Flávio Bolsonaro, foi apelido de “Willy Wonka” na composição, suspeito de utilizar loja de chocolates para lavagem de dinheiro. O zero dois, Eduardo Bolsonaro, ficou com o apelido de “Bananinha” e o zero três, Carlos Bolsonaro, o apelido de “Tonho da Lua”.
Nas redes sociais, o cantor Tico Santa Cruz, do Detonautas, protestou contra o possível processo de Michelle. "Seria isso uma tentativa de censura?", questionou. "Não se pode mais cantar uma música que faz um questionamento?", completa.
"Seguiremos fazendo músicas e representando o desejo legítimo de manifestação da liberdade de expressão. Deixo claro, nunca será através de injúria, calúnia ou difamação", disse o artista em outra publicação no Twitter.
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