O afã do governo de Jair Bolsonaro em cortar gastos em programas sociais poderia afetar mais dois grupos que necessitam da ajuda do Estado para ter uma vida melhor: a terceira idade e os portadores de deficiência em situação de vulnerabilidade econômica.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, o governo de Bolsonaro estaria preparando em um decreto visando cortar 10 bilhões de reais do orçamento que financiam benefícios para idosos e deficientes.
O projeto estaria sendo trabalhado em conjunto pelos ministérios da Economia (do ministro Paulo Guedes) e da Cidadania (de Ônyx Lorenzoni), e estaria baseado em um aumento das restrições para se ter acesso aos auxílios, o que poderia afetar cerca de 2 milhões de beneficiários.
O discurso do governo para justificar a medida é que o benefício seria entregue a pessoas que não necessitam, devido a brechas no sistema. No entanto, as medidas estudadas não visam atacar necessariamente essas brechas e sim endurecer as regras para o acesso daqueles que sim precisam do apoio governamental.
Com o decreto, o governo buscaria iniciar a reavaliação dos auxílios entregues a idosos e deficientes ainda em 2020. Atualmente, o benefício é entregue a idosos acima de 65 anos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja de, no máximo, um quarto de um salário mínimo (cerca de 261 reais). O valor do auxílio é de um salário mínimo (1.045 reais).