Ex-secretário de Crivella lança candidatura pelo MDB no Rio e fala em reformulação

Foi pelo MDB que os ex-governadores Sérgio Cabral e Fernando Pezão chegaram ao governo do Rio

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O ex-secretário da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro na gesto do prefeito Marcelo Crivella anunciou nesta, oficialmente, segunda-feira (14) sua candidatura à sucessão do bispo, que também vai buscar a reeleição. Messina vai se lançar pelo MDB e fala em reformular a legenda, que abrigou os ex-governadores Sérgio Cabral e Fernando Pezão, presos.

"Tenho anos de vida pública, já ordenei bilhões (em gastos) em secretarias e não existe nem suspeita de nada contra mim, muito menos investigação ou processo. Essa discussão ética é muito confortável para mim, e certamente ela aparecerá na campanha, já que dois dos candidatos mais conhecidos [Crivella e Eduardo Paes] estão envolvidos em operações policiais", afirmou Messina ao jornalista Bernardo Mello, do O Globo.

Messina vai concorrer em uma chapa puro-sangue do MDB e terá ao lado a psicóloga Sheila Barbosa. Ele foi eleito vereador pelo PROS, foi para o PRTB e migrou para o MDB quando brigou com o bispo. Messina chegou a ser líder do governo na Câmara dos Vereadores antes de virar secretário.

Segundo O Globo, o nome de Messina é citado nas conversas obtidas pelo Ministério Público referentes à Operação Hades, mas como um alvo a ser derrubado pelo empresário Rafael Alves, apontado como um dos líderes do chamado "QG da Corrupção".

Na votação sobre a abertura de processo de impeachment contra o prefeito, no início do mês, Messina foi a favor e fez duras críticas ao ex-chefe.  “Que vergonha. Vergonha. Eu sinto vergonha. O que virou o governo Crivella? Virou uma milícia. Milícia paga com o nosso dinheiro, com o dinheiro do povo, dos nosso filhos. Vocês sabem que um dos meus anos eu passei na Prefeitura. Ajudamos as contas da cidade, mas eu não reconheço…", declarou.

"A única coisa que me consola nesse evento trágico é: ainda bem que eu dei meu ‘basta’ de loucura que já tinha começado a acontecer desde o final das eleições de 2018. Eles estão enlouquecidos, retorcidos, de desejo de manutenção de poder”, disparou. “Está todo mundo louco, é uma histeria coletiva. Tem que ser todo mundo internado! É corrupção por poder! Estão vendendo a cidade do Rio de Janeiro por poder!”, completou.