Pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) afirmam que os novos cheques do ex-assessor Fabrício Queiroz e sua mulher, Marcia Aguiar, para a primeira-dama, Michele Bolsonaro, criam condições para que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, revogue a prisão domiciliar do casal e os envie para a cadeia nos próximos dias.
O temor do Palácio é que, presos, Queiroz e Marcia façam delações que impliquem a família Bolsonaro.
Por conta disso, a defesa de Queiroz pediu para que seja redistribuída a relatoria do processo em que é réu. O pedido se deu em função da licença médica do atual relator, ministro Felix Fischer, e é baseado nos artigos 21 e 72 do Regimento Interno do STJ e de "natureza urgente", está desde quinta-feira, 5, no gabinete do ministro.
Fischer está internado desde o último domingo (2), por complicações decorrentes de uma hérnia interna e recebeu alta na sexta-feira, 7, mas ainda não retomou o trabalho.
O processo seria redistribuído para o ministro Jorge Mussi, conforme cálculos dos aliados de Bolsonaro. De acordo com estas fontes, o gabinete do ministro segurou propositalmente a petição, que deveria ter sido enviada imediatamente à presidência do STJ, para dar tempo de Fischer se recuperar a tempo de não perder a relatoria do processo. Na avaliação do Planalto, Fischer é um dos mais rigorosos ministros do STJ e a revogação da prisão domiciliar do casal é dada como certa.
O casal é acusado pelo MP de participar do esquema de "rachadinha" no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Com informações do Estadão