Advogado do clã Bolsonaro até a prisão de Fabrício Queiroz em uma chácara de sua propriedade em Atibaia, no interior paulista, Frederick Wassef repatriou 2 milhões de dólares de uma conta nos EUA para suas contas pessoas no Brasil no ano de 2016.
A informação consta de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado para o Ministério Público Federal (MPF) no Rio, Ministério Público do Rio (MP-RJ) e para a Polícia Federal em 15 de julho, segundo o jornal O Globo.
Wassef se aproximou e começou a advogar para Jair Bolsonaro e para o filho, Flávio, dois anos depois, já durante a pré-campanha eleitoral em 2018.
O relatório do Coaf afirma que Wassef foi "objeto de comunicações de operações suspeitas", e cita que os créditos em suas contas bancárias no período entre 2015 e 2020 foram "oriundos principalmente de Bruna Boner Leo Silva e de duas operações de câmbio (ingresso de recursos) oriundos do Wells Fargo Bank N.A nos EUA no valor de US$ 1.000.000,00 cada realizado entre 26/09/2016 e 23/11/2016".
Bruna é filha e sócia da ex-esposa de Wassef, Cristina Boner Leo, nas empresas Globalweb Outsourcing e Dinamo Network, que têm diversos contratos com o governo federal.
Depois que Bolsonaro assumiu a presidência, os valores pagos pelo governo federal à GlobalWeb chegaram a R$ 41 milhões, próximo dos R$ 42 milhões que foram destinados nos oitos anos da gestão Dilma Rousseff (PT) e do governo golpista de Michel Temer (MDB).
Com informações do jornal O Globo