O caso da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) continua assombrando as pessoas que, durante anos, tiraram fotos e se mostraram grandes amigas da que também é pastora evangélica e estrela da música gospel, mas que, nesta semana, passou a ser mais conhecida pela denúncia de ser mandante do assassinato do marido, o também pastor evangélico Anderson do Carmo (que, aliás, era seu filho adotivo).
Uma das pessoas mais próximas de Flordelis em Brasília é a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. O que não é surpreendente, já que ambas são pastoras, embora de igrejas diferentes, mas sempre estiveram unidas por projetos relacionados à mudança nas regras de adoção, um assunto que interessa a ambas. Porém, agora a coisa mudou.
“A história que ela (Flordelis) contava para o Brasil era linda, de adoção. Me apaixonei por aquela história. Quando ela foi eleita deputada, me procurou já como ministra. A minha ligação com ela era a pauta da adoção”, contou Damares, em uma live ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
“Eu estou triste, temos que aguardar o resultado final, mas me parece que o relatório da polícia é robusto. (Estou) indignada de que tenha usado a fé, usado os irmãos, a igreja. A igreja brasileira é uma igreja séria. Ela enganou todo o Brasil, não só o segmento evangélico, enganou a nação inteira”, queixou-se a ministra.
Antes da suspeita de assassinato vir à tona, Damares tinha outra opinião sobre Flordelis. Em uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, a ministra chegou a fazer elogios rasgados à deputada: “Tem um lugar que só a Flordelis pode entrar no Rio, ninguém entra, só ela. Os bandidos respeitam o trabalho dessa mulher. Essa mulher é incrível”, afirmou.
Além de Damares Alves, outra grande aliada de Flordelis em Brasília é a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Uma amizade que, nos últimos dias, gerou o meme de sucesso sobre a suposta dupla “Cheque e Mate” (referência também aos cheques que a conta da esposa do presidente recebeu do assessor Fabrício Queiróz).