A deputada Soraya Manato (PSL-ES) usou espaço que teve no plenário da Câmara dos Deputados durante votação de veto presidencial, nesta quinta-feira (20), para criticar a interrupção da gravidez da menina de 10 anos que ficou grávida após ser estuprada pelo tio por 4 anos.
"Eu sou deputada de direita, sou evangélica, defensora da vida. Esse caso fugiu da regra da lei. Não foi aborto, foi parto prematuro", disse a parlamentar que disse defender uma "criança de 23 semanas" ao se referir à gravidez que foi fruto de abuso.
A deputada já chegou a afirmar que o caso foi "infanticídio" contra o feto.
Manato ainda afirmou que não repassou informações sobre a menina para a extremista Sara Winter, quem ela considera uma "ativista de esquerda que se diz de direita, infiltrada dentro da direita". A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) havia apontado que Manato poderia ter entregue as informações, mas se corrigiu posteriormente.
Apesar da retificação, a bolsonarista - que afirma que teve acesso a informações do laudo médico - disse que vai acionar o Conselho de Ética contra Portugal. "Então, deputada de São Paulo do PCdoB, me respeita e você vai responder no Conselho de Ética", disse Manato. O PCdoB não tem deputada em São Paulo; Portugal é da Bahia.