Neste domingo, dia 23 de agosto, milhares de brasileiros espalhados pelo mundo pretendem se reunir em pequenos eventos em suas cidades, que, juntos, formarão um grande protesto contra o atual governo do Brasil, liderado pelo extremista Jair Bolsonaro.
Se trata do segundo Stop Bolsonaro Mundial, que pretende ir além do realizado no primeiro ato, ocorrido no dia 28 de junho.
No comunicado que promove o evento, o time de organizadores enfatiza que a defesa dos povos indígenas e do meio ambiente será um dos temas centrais do evento deste próximo domingo.
“O ciclo autoritário dos representantes do atual governo brasileiro, Jair Bolsonaro e seus aliados, traz consigo a velha estratégia de destruição e necropolítica, com requintes de crueldade contra os povos indígenas e da floresta, cujo crime é viver em sintonia com a natureza e seus recursos, sem esgotá-los ou destruí-los, mas preservando sua predisposição natural”.
Também haverá o lançamento oficial do Canal StopBolsonaro, que será usado para divulgar todos os vídeos das pessoas que participaram do evento deste domingo, em todos os lugares do mundo, “para celebrar o esforço conjunto de todos os participantes que querem que cassem a chapa de Bolsonaro”, segundo os organizadores.
Além disso, serão debatidos temas como a geopolítica do fascismo e a precarização do trabalho, e também haverá reivindicações pelo cancelamento do Acordo de Livre Comércio Mercosul-União Europeia, pela adoção de um Sistema de Rastreamento da Produção agrícola de Grãos e Carnes (para evitar a comercialização de qualquer produto originário de terras desmatadas de forma ilegal e da usurpação de territórios indígenas), e pela aplicação da Convenção 169 da OIT, artigos 14 e 15,que garante o direito de consulta e participação dos povos indígenas no uso, gestão, controle de acesso e conservação de seus territórios, e que também prevê ainda o direito à indenização por danos e à proteção contra despejos e remoções de suas terras tradicionais.
Os brasileiros interessados em participar do evento, mesmo estando no Brasil, podem entrar em contato com o grupo através das redes sociais, nas páginas de Facebook, Instagram e Twitter, ou enviando fotos e vídeos com a hashtag #StopBolsonaro, para que sejam divulgadas também pelos canais da campanha.