Empresário preso por desvios na Transpetro disse que defende Bolsonaro: "Mas não escreve sobre isso"

Em entrevista ao El País há menos de um mês, Germán Efromovich, que foi preso juntamente com o irmão, José, afirmou ainda que gosta muito do projeto neoliberal de Paulo Guedes

Germán Efromovich - Reprodução
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Em entrevista ao jornal El País há menos de um mês, divulgada pelo site no dia 28 de julho, o empresário Germán Efromovich, que foi preso na manhã desta quarta-feira (19) na operação "Navegar é Preciso", da Lava Jato, disse defender o governo Jair Bolsonaro e gostar muito do projeto neoliberal de Paulo Guedes, ministro da Economia.

“Mas não escreve sobre isso que não quero me meter em política", disse Germán, que foi preso juntamente com o irmão, José Efromovich, em São Paulo, por pagamento de propina em contratos de construção de navios com a Transpetro, braço logístico da Petrobras.

Segundo a Lava Jato, os dois empresários fraudavam o caráter competitivo das licitações pagando propina no valor de R$ 40 milhões a altos executivos da Petrobras e empresas como a Transpetro.

O esquema ocorreu em 2008, e a propina foi paga entre 2009 e 2013, de acordo com o MPF.

Um dos funcionários que recebeu o valor ilícito é Sérgio Machado, segundo o MPF, que, à época, era o então presidente da estatal. Atualmente, Machado é colaborador.

Uma apuração interna da Transpetro, conforme as investigações, indica que a atuação dos executivos do estaleiro Eisa junto a Sérgio Machado causou prejuízos de mais de R$ 611 milhões à Transpetro, em razão da entrega irregular de um dos navios Panamax encomendados, da não entrega dos outros três navios, de dívida trabalhista, e ainda de adiantamento de recursos da Transpetro ao Eisa.

Os irmãos Efromovich também são sócios da Avianca Holdings, segunda maior companhia aérea da América Latina, que está em recuperação judicial.

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