Bolsonaro pode esticar gestão de interino no Ministério da Educação

O Ministério da Saúde também é comandado por um "interino" - general Eduardo Pazuello - desde maio

Reprodução/TV Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro parece estar satisfeito com a atuação do secretário-executivo do Ministério da Educação, Antonio Paulo Vogel, como ministro interino enquanto ainda não decide quem assumir a pasta.

Segundo o jornalista Igor Gadelha, da CNN Brasil, o ex-capital está disposto a adiar mais um pouco a escolha do novo chefe do MEC em razão do serviço prestado por Vogel, que estaria “dando conta do recado”.

Na quarta-feira (8), Vogel anunciou as novas datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mesmo sem um titular da pasta. O Enem vai acontecer em janeiro, data diferente da escolhida pela maioria dos estudantes em consulta feita pelo MEC.

A cautela do presidente acontece após a queda de Carlos Alberto Decotelli depois de cinco dias no posto e a erosão da possível nomeação de Renato Feder para o posto por pressão de olavistas e da bancada evangélica.

O presidente chegou a cogitar nomear Vogel para assumir o posto que ficou mais de um ano sob a tutela de Abraham Weintraub - que fugiu para os Estados Unidos -, mas foi demovido da ideia por olaivstas. Vogel foi secretário-adjunto de Finanças da Prefeitura de São Paulo durante o mandato de Fernando Haddad.

Saúde

O Ministério da Saúde também possui um "interino" no comando. O general Eduardo Pazuello assumiu a pasta após dois ministros titulares deixarem o posto por divergências com Bolsonaro sobre a condução do combate à pandemia do novo coronavírus. "É um nome que não vai ficar para sempre, está completando três meses como interino e já deu uma excelente contribuição para nós", afirmou Bolsonaro na terça-feira.

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